Nossa viagem vai se estender mais um pouco aqui nos Estados Unidos. E depois de visitarmos obras incríveis em nossa série Lajes Nervuradas pelo Mundo, não há nada melhor do que uma parada para um lanche, não é mesmo?
Então, vamos para um dos pontos mais famosos de Nova York, a Times Square, degustar de outro projeto encantador: o Times Square Diner & Grill.
A Times Square fica na região central de Manhattan. Ela é formada pelo cruzamento de duas grandes vias da cidade: Broadway e 7ª Avenida.
O que poucos sabem é que ela nem sempre teve esse nome. Até 1903, o local era denominado de Longacre Square. A mudança do nome foi consequência da chegada do jornal The New York Times, em 1904.
Outra curiosidade interessante é que alguns astronautas afirmaram ser possível identificar essa região lá do espaço. Isso pode ser explicado pela intensa iluminação emitida pelos outdoors publicitários espalhados ao longo de toda sua extensão.
Em meio a essa área comercial tão icônica e movimentada, encontramos o Times Square Diner & Grill. Vamos conhecê-lo melhor?
Apreciando a obra
O Times Square Diner & Grill, restaurante vencedor do BoY 2015 para refeições casuais, possui um cardápio diversificado, feito pelo proprietário/chef Georg, que é treinado em diferentes culinárias do mundo.
O ambiente de 1.300 metros quadrados é bem divido e confortável, com traços que remetem ao cenário urbano. Uma típica lanchonete americana, mas com design diferenciado!
Se encaixar dentro desse estereótipo, atualizando-o e aprimorando-o, foi um pedido feito pelos próprios donos do restaurante ao diretor do escritório de arquitetura Bluarch, Antonio Di Oronzo.
Di Oronzo enfrentou muito bem esse desafio, mesclando elementos clássicos com opções mais modernas. Para o piso e as paredes, ele optou por azulejos de travertino (rocha sedimentar) e cerâmica verde escura, respectivamente.
O teto foi suspenso e, abaixo dele, criou-se uma estrutura de madeira compensada revestida de linho verde que se alonga na frente das paredes em formato curvilíneo. Numa visão ampla, o efeito proporcionado remete a estética das lajes nervuradas.
O espaço fica ainda mais intimista graças as cores quentes das pilastras e mesas e a iluminação do seu interior, que é composta por lâmpadas incandescentes suspensas por barras de aço.
Além disso, suas acomodações também possuem cadeiras confortáveis de cores neutras e poltronas que, por suas cores, podem ser consideradas uma extensão das paredes.
Essa combinação harmoniosa dá origem a um ambiente acolhedor e convidativo, como o de uma sala de estar.
Um possível fim se aproxima para esses lugares nostálgicos?
Uma “tendência” tem preocupado os nova-iorquinos: o desaparecimento dos restaurantes da cidade.
Nova York costumava abrigar mais de mil estabelecimentos voltados para a culinária. Hoje, apenas 222 permanecem em atividade oficialmente, de acordo com os registros públicos. E de quem é a culpa?
Em partes, isso pode ter ocorrido por causa do aumento do custo de locação dos imóveis ou pelo declínio desse ramo de negócio, com o passar dos anos.
Em uma corrida contra o tempo, a fotografa Riley Arthur tenta registrar os restaurantes que ainda estão em funcionamento, pois para ela esses lugares ocupam um espaço especial na história e no coração dos moradores. Até agora, já foram 71 estabelecimentos fotografados por Riley.
“Cada restaurante é esteticamente único, atraindo sua própria multidão de frequentadores coloridos. Em uma cidade que se move rapidamente, acho que muitos sentem conforto nessas instituições de 50 anos que resistiram ao teste do tempo. Como alguns clientes estão em risco, estou correndo para documentar o maior número possível”, explica Riley.
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