Apesar da estética da laje nervurada estar cada dia mais difundida em novos empreendimentos, ainda há casos de quem não aprecie o estilo ou que decida por uma aparência diferente. Nem por isso, o projeto deve renunciar às vantagens produtivas e econômicas desse tipo de laje. A solução passa pelo uso do forro de gesso!
Vamos conhecer um pouco mais dessa solução, como utilizá-la e suas vantagens e benefícios nos processos de construção civil. Confira!
Forro de gesso
O forro de gesso é uma estrutura instalada sob as lajes e vigas dos pavimentos de um edifício. Geralmente, é uma solução estética que cobre as imperfeições das superfícies originais, dando novas possibilidades para arquitetos e decoradores criarem efeitos estéticos no cômodo.
A partir dos forros, é possível criar sancas, rebaixos e nichos – todos podendo ser criados em diferentes formatos, o que tem um grande impacto decorativo no ambiente.
Além de ser uma superfície de textura mais lisa, de bom acabamento, o forro influencia no conforto do ambiente. Por ser um material incombustível e com baixa condutividade, influencia no isolamento térmico e acústico. Quando usado rebaixado, em conjunto com as peças de luz, também interfere na composição da iluminação.
Tipos de forro
Apesar de chamarmos informalmente essas estruturas de forro de gesso, o material pode ser instalado de formas diferentes.
Essas placas podem usar o material tradicional, o drywall ou o gesso em pó. O drywall, por ter maior resistência, também pode ser utilizado como teto, sob telhas, em projetos em que não há estrutura de laje.
Gesso convencional
Modelo mais difundido no mercado, esse forro de gesso tem menor custo e é aplicado via placas encaixadas. É importante que a instalação seja feita por um profissional qualificado, para garantir que não haja um desalinhamento entre as placas.
As placas geralmente têm medidas 60 x 60 cm e são sustentadas por arames fixados na estrutura de suporte.
O material é mais pesado que as outras opções, por isso é mais indicado em ambientes menores, com riscos reduzidos de dilatação.
Ele tem o ponto negativo de gerar muitos resíduos no local durante a instalação.
Gesso acartonado – Drywall
O forro de Drywall é formado por chapas do material, mais finas que as placas de gesso comum. Essas chapas pré-moldadas são formadas por um gesso revestido de papel acartonado.
O drywall tem um desempenho superior ao gesso tradicional. Assim, sofre menos trincas e dificilmente fica amarelado. A camada acartonada absorve água, atuando no equilíbrio da umidade do ar.
Por ter maior resistência, é utilizado não só em forros, mas também na construção de paredes (neste caso, é chamado acartonado estruturado), representando um relevante ganho de produtividade em tempo de obra e economia em relação à alvenaria.
Em projetos com estrutura em laje nervurada, é recomendado utilizar esse tipo de solução já que a camada de gesso é mais fina. Assim, o impacto no pé-direito final do pavimento é menor.
Na instalação, gera menos resíduos que o gesso comum. Ele pode ser instalado com arames galvanizados, no rebaixamento de painéis, ou via parafusos, também em aço galvanizado, quando usado sob telhas sem lajes.
Gesso em pó
Ao contrário dos dois exemplos anteriores, não representa um material base para a confecção de um forro. O gesso em pó é usado para realizar pequenos reparos na superfície, como por exemplo preencher buracos feitos por pregos e eventuais fissuras que surgirem no material.
Passo a passo da montagem
A instalação dos forros de gesso é relativamente simples, mas é essencial que seja realizada por um profissional qualificado. De toda forma, é importante conhecer as etapas do processo para acompanhar como o serviço está sendo feito na sua obra.
1 – Marcação
A etapa inicial da instalação do forro de gesso é a definição de todas as marcações, que vão do nível do forro, local das guias no gesso e dos pontos de fixação dos tirantes na laje.
2 – Fixação
Após a marcação, instala-se os tirantes e os suportes niveladores, para garantir que o forro seja sustentado de forma reta, perpendicular à estrutura principal.
Com as placas posicionadas, confere-se o nível do teto para então fixar os perfis às paredes com buchas, parafusos, pinos ou pregos de aço galvanizado.
Em lajes nervuradas, eles são fixados no interior dos alvéolos da superfície das lajes.
3 – Amarração
O processo final da montagem da estrutura é a amarração das chapas. Nessa etapa, as juntas são tratadas com massa, fita e, por fim, cobrindo os parafusos com massa.
4 – Acabamento
Com a instalação concluída, é importante alguns cuidados estéticos com acabamento. Além da cobertura das juntas, realizadas na amarração, pode ser realizado o lixamento e a aplicação do selador acrílico. O forro também pode ser pintado com diferentes tipos de tintas. Fica a escolha aos profissionais e clientes.