Executar um sistema de laje nervurada gera inúmeras vantagens para um projeto. Entre os principais, os benefícios mais destacados são a economia de concreto e aço e a possibilidade de fazer vãos maiores. Contudo, um fator que pode passar despercebido é a facilidade de execução do processo. E hoje vamos falar de uma etapa chave: a desforma das lajes nervuradas.
Mas antes de falar do processo de retirada em si, vamos lembrar de alguns cuidados importantes!
Desmoldante
Após a montagem das fôrmas no escoramento, há um procedimento que ajudará na retirada delas do concreto. Trata-se da aplicação de um agente desmoldante – um produto de estado líquido que ajuda a separar as fôrmas do concreto.
Ele deve ser aplicado após a montagem das fôrmas, mas antes da instalação da armadura.
A principal função do desmoldante é impedir que o concreto cole nas fôrmas. Para evitar isso, a aplicação do produto cria uma camada fina e oleosa que impede o contato direto da mistura do concreto com as fôrmas.
O ideal é utilizar um desmoldante de ação química, com base de óleo vegetal, sempre seguindo as instruções de aplicação do fabricante.
Outra vantagem do uso do produto é que a execução da laje tem menor chance de causar avarias nas fôrmas. Assim, a obra não gera indenizações a pagar por danos ao material do fornecedor, e as peças podem ser reutilizadas em vários outros pavimentos de sua obra.
Desforma
Geralmente, após três dias de cura do concreto já é possível realizar a desforma. E para tal, é importante seguir o procedimento correto para não comprometer nem a estrutura e nem os materiais usados.
O primeiro deles é o local por onde puxar a fôrma. A maneira correta é puxá-las por uma das laterais, para baixo, até soltarem completamente.
NUNCA PUXE NAS PONTAS. Isso poderá danificar as peças e gerar mais custos de indenização para a obra. Ao soltar as fôrmas da laje, segure a fôrma para que ela não caia no chão, evitando danos ao material, ao ambiente da obra e à sua equipe. Assim, você evita danos humanos, materiais e não gera custos indesejados para a obra.
O segundo ponto de atenção são os equipamentos utilizados. Deve-se utilizar cunhas de madeira e martelos de borracha. Outros materiais mais invasivos na borda da nervura, como “pé de cabra”, podem estragar as fôrmas e até mesmo comprometer a apresentação da laje.
E claro, além dessas ferramentas, é obrigatório o uso dos EPI´s definidos pela legislação em vigor.
Seguindo esses procedimentos, somados ao uso do desmoldante correto, a retirada das fôrmas é facilitada, as peças não são comprometidas e sua obra ganha em agilidade e redução de custos.