FÔRMAS ATEX na certificação LEED
Eng. MARCOS DA COSTA TERRA
Analisando os documentos disponibilizados pelos SINDUSCON, Sindicatos da Indústria da Construção no Brasil, encontra-se a publicação “Metodologias de avaliação de desempenho ambiental de edifícios”, Projeto Finep 2386/04-São Paulo
Nela são descritas as Metodologias que desde 1990 são aplicadas no mundo e que vêm sendo atualizadas constantemente visando avaliar o desempenho ambiental dos edifícios: BREEAM, BRE-ECOHOLMES, BEPAC, LEED, LEEDTM, CASBEE, NF BÂTIMENTS TERTIAIRES, CERTIFICATION HABITAT E ENVIRONNEMENT, GREEN BUILDING CHALLENGE, GREEN STAR, entre outros.
Analisando particularmente a metodologia LEED- Leadership in Energy and Environmental Design, observou-se que, quando de sua criação em 1999, baseou-se
“em um sistema de classificação e certificação ambiental projetado para facilitar a transferência de conceitos de construção ambientalmente responsável para os profissionais e para a indústria de construção e, proporcionar reconhecimento junto ao mercado pelos esforços despendidos para essa finalidade”.
Este sistema concede créditos para o atendimento de critérios preestabelecidos.
A certificação é válida por um período de cinco anos, quando deverá ser encaminhada uma nova solicitação de avaliação por um programa apropriado.
O critério mínimo de nivelamento exigido para avaliação de um edifício pelo LEED é o cumprimento de uma série de pré-requisitos.
Satisfeitos todos estes pré-requisitos, o edifício torna-se elegível a passar para a etapa de análise e classificação de desempenho, dada pelo número de créditos obtidos.
Na versão atual (2000) são 7 (sete) pré-requisitos:
1- Controle de erosão e sedimentação;
2- Verificação de conformidade pré-entrega;
3- Eficiência energética mínima;
4- Redução de CFCs nos equipamentos de condicionamento e ventilação artificial;
5- Coleta e armazenamento de material reciclável produzido pelos usuários do edifício;
6- Qualidade do ar interno mínima;
7- Controle ambiental de fumaça de cigarros.
São 69 (sessenta e nove) pontos possíveis:
Sítios Sustentáveis ………………………… 20% 14 pontos
Uso específico de água ………………….. 7% 5 “
Energia e Atmosfera ………………………. 25% 17 “
Materiais e Recursos ……………………… 19% 13 “
Qualidade do ambiente interno ……….. 22% 15 “
Inovação e processo de projeto ………. 7% 5 “
Nível de classificação Pontos (total 69 pts)
LEED Certified …………………………26 a 32 pts (40-50%)
Silver ………………………………………33 a 38 pts (51-60%)
Gold ………………………………………..39 a 51 pts (61-80%)
Platinum …………………………………..> 52 pts ( > 81%).
O uso de fôrmas recuperáveis de resinas plásticas ATEX, para moldagem de lajes maciças e nervuradas, poderá ser pontuado nos itens Materiais e Recursos e Inovação e Processo de projeto:
Materiais e Recursos:
1. Reutilização de edifício até 3 pontos
2. Gestão de RCD até 2 pontos
3. Reutilização de recursos até 2 pontos
4. Materiais com conteúdo reciclado até 2 pontos
5. Materiais regionais/locais até 2 pontos
6. Materiais rapidamente renováveis 1 ponto
7. Uso de madeira certificada 1 ponto
A utilização de ATEX, fôrmas recuperáveis para as lajes maciças e nervuradas, certamente poderia obter pontuação no item 3 pois, é um sistema de elevada reutilização.
No item 7 contribuiria na obtenção da pontuação por diminuir imensamente o uso da madeira certificada e consequentemente facilitando a demonstração e o controle deste uso.
Inovação e Processo de Projeto:
1. Inovação (estratégias de projeto e uso de tecnologias) até 4 pontos
2. Envolvimento de profissional habilitado pelo LEED 1 ponto
A pontuação seria obtida no item 1 naturalmente pois, é um sistema inovador no uso de tecnologia acelerando a obra, facilitando a execução e
diminuindo os custos.
Vê-se que a utilização de fôrmas ATEX CONTRIBUI EM UMA PONTUAÇÃO (7 pontos) QUE ALCANÇA ATÉ 27% DOS PONTOS MÍNIMOS (26 pontos).
Os valores a pontuar são decididos pelos consultores das Certificadoras que, certamente, com estas informações documentadas poderão atribuir boa parcela deles pela utilização das fôrmas ATEX.