Voltamos ao estado de Minnesota, nos EUA, com a nossa série de projetos de destaque com lajes nervuradas. Já apresentamos aqui o projeto da Biblioteca Alcuin, que faz parte da Universidade de Saint John, localizada nessa mesma região do país. Hoje apresentamos a Biblioteca Arvonne Fraser, que foi reaberta em janeiro deste ano após passar 13 meses fechada para reformas.
Uma das principais características do prédio é o uso das lajes nervuradas com concreto aparente no teto. O projeto original foi realizado pelo arquiteto modernista Ralph Rapson, enquanto o responsável pela a reforma foi Todd Grover junto ao escritório de arquitetura MacDonald & Mack.
A instituição foi originalmente criada com o nome de “Southeast Library” para ser a biblioteca do campus da Universidade de Minnesota na cidade de Minneapolis em 1963. Em 1967, ela se tornou uma biblioteca municipal.
Com a reabertura, o edifício foi renomeado para homenagear a ativista Arvonne Fraser, que lutava pela igualdade de gênero e pela manutenção das bibliotecas públicas.
Durante as obras, dois dos principais objetivos foram respeitar a história do ambiente e deixá-lo mais acessível aos visitantes. Houve a criação de um novo espaço no porão, rampa de acesso e elevador.
Quer saber mais sobre como isso foi possível? Acompanhe o post!
Modernizando o ambiente por meio do design de interiores
Já falamos aqui no blog sobre a arquitetura brutalista, que tem como uma das suas marcas o uso de concreto aparente e a criação de espaços funcionais. O edifício da biblioteca Arvonne Fraser é um dos exemplos de construções neste estilo.
No projeto original, o arquiteto usou uma mistura de paredes de concreto e vidro para deixar o ambiente com uma aparência moderna. Com janelas altas e colunas bem espaçadas, o interior da biblioteca é um local aberto e de fácil circulação.
Inspirado pelos móveis do arquiteto responsável pelo projeto original, o design de interiores passou por uma renovação total.
As estantes ligeiramente menores e com cores mais claras deixaram o ambiente mais aconchegante. O que também ajudou os arquitetos a alcançarem esse objetivo foi priorizar o uso de cores quentes no mobiliário.
Outro cuidado foi a instalação de um sistema de irrigação com aspersores (sprinklers) para a grama das áreas externas, junto com novos sistemas de aquecimento e ar-condicionado acima do teto do andar inferior.
Expandindo um ambiente que já existe
Ao usar o antigo porão do prédio para criar um espaço, a Biblioteca Arvonne Fraser ganhou 500 m² em área. Para deixar esse novo ambiente mais convidativo, o principal desafio era a iluminação, já que não havia janelas como no andar térreo.
A solução foi bem criativa e gerou uma sensação de amplitude: fazer uma abertura no piso do andar térreo da biblioteca. Com essa mudança, quem está no andar superior consegue ver o teto e parte do andar de cima.
Durante o dia, a luz solar entra por meio de claraboias posicionadas dentro da padronagem das lajes nervuradas, que já existiam no projeto original.
Essa nova área, que antes estava inutilizada, possui infraestrutura para receber diversos tipos de eventos. Parte do espaço foi usada para criar seções da biblioteca para crianças e adolescentes, além de uma área de descanso para os colaboradores.
Se você gostou deste post, acompanhe a gente nas redes sociais (Instagram, Facebook e LinkedIn) e confira mais conteúdo sobre o uso de lajes nervuradas em projetos arquitetônicos!