Perdendo apenas para água, o concreto é o segundo insumo mais consumido no mundo. No ano passado, só aqui no Brasil, foram vendidos cerca de 54,5 milhões de toneladas de cimento.
Além disso, é importante ressaltar que a produção de cimento é responsável por cerca de 6% das emissões de gás carbônico no planeta e que durante o processo de cura do concreto também é liberado o CO 2.
Porém, pode haver uma forma mais sustentável e produtiva de construir obras em alvenaria com a mesma resistência e durabilidade.
Despertamos sua curiosidade? Então, conheça a seguir o concreto vivo.
Nasce um concreto mais sustentável
Como alternativa ao concreto comum, pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA) estão desenvolvendo um tipo de material a partir de uma mistura de areia, hidrogel e bactérias. Esse elemento pode ser mais sustentável, produtivo e resistente do que o normal.
A composição dará origem a um insumo vivo, com capacidade de “reprodução”. Ou seja, seria possível fabricar esse material de forma natural e em grande escala, pois as bactérias se proliferam de forma exponencial. Assim, reduziríamos o impacto ambiental causado pela produção e cura do concreto.
Essa criação também pode ampliar as nossas possibilidades construtivas. Afinal, quando se pensa na colonização de outros planetas, um dos desafios com os quais podemos nos deparar é a dificuldade de transportar material até lá. Com o concreto vivo, isso já não seria um problema, pois precisaríamos levar apenas os elementos para gerar o insumo e criar um ambiente propício para o seu desenvolvimento.
Mas afinal, que ambiente seria esse? Vamos descobrir a seguir.
Fabricação do concreto vivo
Uma das grandes dificuldades desse método é proporcionar condições favoráveis durante o desenvolvimento e armazenamento do material. Isso porque, para atingir sua capacidade estrutural máxima, o concreto precisa estar completamente seco. Em contrapartida, o processo de cura do concreto pode extinguir as cianobactérias – utilizadas no experimento.
Sendo assim, para que os microrganismos sobrevivam e se obtenha a resistência desejada no concreto, é preciso criar um ambiente com condições muito restritas de temperatura e umidade. Controlando esses dois fatores, também seria possível instigar ou interromper a proliferação das bactérias.
Para simplificar a fabricação biológica desse concreto, a equipe de pesquisadores tem tentado desenvolver micróbios resistentes ao processo de secagem do cimento.
A expectativa é que futuramente seja possível implementar outras funcionalidades aos insumos da construção civil, utilizando a tecnologia de materiais vivos.
Inclusive, aqui em nosso blog nós já demos um outro exemplo do uso de microrganismos em materiais de construção, o Bio-concreto. Você lembra?
Srubar, ainda ressalta que esse progresso acontecerá de qualquer maneira e conclui afirmando que “a natureza já descobriu como fazer muitas coisas de forma inteligente e eficiente, apenas precisamos prestar mais atenção”.
Então, só resta aguardar essas evoluções e você poderá continuar acompanhando as novidades do universo da construção civil aqui em nosso blog.